E essa sanha punitivista me assusta,
sempre.
Tenho enrolado bastante nesse negócio
de colocar ponto final. Não tenho certeza se tenho medo de lidar com o que vem
ou temo abandonar o bom que já se foi. A verdade é que eu devia estar no divã.
Queria muito que o calendário voltasse
ao normal. É muito chato começar o semestre já meio cansada.
Quanto mais o Gil envelhece, mais se
torna (dos) meu(s).
Eu nem ligo pra roupa, mas queria muito,
muito, o guarda-roupa da Edith. Sim, tenho revisto Downton Abbey. Sim, significa.
Três livros em três dias. Futebol.
Pizza com amigos. Documentário da Gal. Pão.
Do que mais gosto é do que não serve
pra nada. A gente diz, com riso no olho: “não vale uma cibalena vencida”. Gosto
do que existe sem propósito. Ou ainda, do que vivemos sem propósito além do próprio desfrute do que é. Não é para.
Para emagrecer, para aprender, para ficar saudável, para empoderar, para
seduzir, para ficar em forma, para conquistar, para manter, para acabar.
Vive-se e é. Ou está.
Mas você quer que tudo caia no seu colo? Sim.
Luciana, você quer voltar? eu quero é ir.
Se ela tivesse a coragem. Mas não tenho, Vinícius.
Mas você quer que tudo caia no seu colo? Sim.
Luciana, você quer voltar? eu quero é ir.
Se ela tivesse a coragem. Mas não tenho, Vinícius.
3 comentários:
é isso. quero existir sem propósito.
eu também. do que não serve pra nada.
Pode até ter propósito, mas que não precise não.
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